Como um botão de rosa, o meu amor
desabrocha dia após dia, tornando-se
mais forte e mais vivo.
Vivo como uma labareda, mas não
uma labareda que arde rapidamente
e logo se consome, mas vivo
como o fogo eterno da saudade.
E cada dia, cada hora, cada minuto
que passa, mais vivo se torna,
mais ele brilha, aquecendo-me a
alma, afagando-me a face, trazendo-me
bonitas recordações. Recordações
de tudo quanto fizemos, de todos os
bons momentos que passámos até
hoje. Trazendo-me esperanças. Esperanças
de continuar a ter esses
bons momentos juntinho de ti, esperanças
de ser este o amor que eu
sempre sonhei viver.
E eu vivo este amor, livre e ao
mesmo tempo presa.
Livre, porque sou feliz. Livre,
como um pássaro que voa pela
primeira vez... Presa... como esse
mesmo pássaro que está dependente...
dependente de alguém que o apoia,
que o ensina a ser... a ser
livre, a viver, a viver sem medos.
Tal como esse pássaro também eu
estou presa... presa a esse amor
que me liberta!
Sou livre! Livre para amar!
Sou livre! Livre para viver o meu Amor!
Sou livre! E sou amada...
Alguém pensa em mim... alguém me
olha de maneira diferente... alguém
me olha amorosamente, com olhos
de paixão. A paixão de que eu
preciso... alguém me ama...
Ah! Como eu gosto de ser amada
por alguém!... Como eu gosto de
sentir e saber que alguém sofre
por mim, que alguém se preocupa
comigo dessa maneira... dessa maneira
tão especial. Como eu gosto desses
carinhos, desses beijos, desses desejos
que alguém nutre por mim. Como
eu preciso que alguém me ame!...
Que alguém me ame sincera e inteiramente...
Que alguém me ame,
como eu amo alguém...
E esse alguém és tu. Sim tu.
Tu és a minha paixão, a minha
loucura, a razão de eu viver
desta forma!!!
13 Fevereiro 1993
Aqui está o último texto que escrevi em 17 de Fevereiro de 2001.
Não sei porque escrevo.
Há alguns minutos atrás estava a sonhar. A sonhar com sítios onde estive.
Acordei.
Sentei-me na cama, peguei em folhas e numa caneta e aqui estou: a escrever.
Nunca escrevi.
Apenas quando era criança e achava engraçadas certas histórias... histórias de crianças.
Escrevi duas na altura.
Nunca escrevi... assim.
Agora escrevo. Porquê?
Não sei.
Há pouco estava a sonhar...
Agora estou aqui, sentada, a escrever...
Mas continua a parecer que estou a sonhar.
Será tudo um sonho?
17 Fevereiro 2001
11:34h